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2017/30/03
Publicações Económicas

Pesquisa sobre Pagamentos das Empresas na China

Pesquisa sobre Pagamentos das Empresas na China

 

Melhora a experiência de pagamento das empresas Chinesas em 2016, porém as dívidas vencidas acima em longo prazo são mais elevadas devido às limitações financeiras.

A pesquisa financeira sobre o risco creditício empresarial foi respondida por 1.017 empresas chinesas, e revela que os pagamentos entre empresas melhoraram em 2016, já que apenas 68% das empresas participantes tiveram atrasos em pagamentos neste ano (comparado com uma média de 80% na pesquisa realizada 5 anos atrás) e poucos entrevistados reportaram um aumento nos montantes vencidos.  No entanto, existe uma razão que causa preocupação nas dívidas vencidas de longo prazo, cerca de 36% das empresas tiveram montantes vencidos maiores que 180 dias, os quais excedem 2% de seu volume anual de vendas.

 

O estudo revelou um aumento no número de participantes que reportaram um período de atraso médio de 90 dias ou mais durante 2016 (26.3% versus 21% em 2015). Também se apresentou um forte incremento nos participantes com atrasos de pagamento maiores que 150 dias, foram 15.9% em 2016 comparado com 9.9% em 2015.

 

A experiência da Coface demonstra que aproximadamente 80% dos montantes vencidos em longo prazo (acima de 180 dias) jamais serão recuperados. Se 2% das vendas totais de uma empresa se encontram categorizados neste prazo de atraso, a liquidez da empresa pode se tornar um problema e sua capacidade de pagamento pode ser duvidosa.

 

Uma alta porcentagem dos participantes (35.7% contra 33.4% em 2015) indicou que as dívidas vencidas em longo prazo representam 2% de suas vendas anuais. Também houve um aumento nas empresas (10.9% contra 8.7% em 2015) com dívidas vencidas em longo prazo que representam mais de 10% de seu volume anual de vendas. Este fato reduz significantemente o seu fluxo de caixa, que é essencial para qualquer negócio.

As empresas chinesas que sofreram devido aos atrasos de pagamento de longo prazo enfrentaram um estresse financeiro significativo. A situação fica ainda mais grave devido à política monetária mais restrita nas condições de crédito em 2017, com maior pressão sobre as margens de lucro por causa da capacidade industrial, a demanda moderada e uma concorrência mais agressiva nos últimos anos.

 

Setores de alto risco: Construção, químico, maquinários industriais e eletrônicos.

Através dos 11 setores analisados na pesquisa, os problemas com inadimplência de longo prazo deterioraram seis setores: químico, maquinários industriais e eletrônicos,  telecomunicações e tecnologia da informação, metalúrgico, farmacêutico e vendas ao varejo.

 

 

 

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