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2023/14/02
Publicações Económicas

Do pessimismo excessivo ao excesso de otimismo - Coface Barômetro T4 2022

Pessimismo e otimismo excessivos no barômetro Coface T4 2022

O ano de 2023 começa com boas notícias, ao menos na esfera macroeconômica. Graças a um outono e início de inverno anormais do ponto de vista climático - sendo essa a notícia menos menos animadora - a Europa evitou uma recessão que parecia há muito prometida. Os ganhos de eficiência em todos os setores e a desaceleração da atividade fizeram o resto do trabalho, permitindo que os preços da energia caíssem fortemente, levando assim a uma desaceleração bem-vinda da inflação. A perspectiva de uma forte recuperação da China no segundo semestre, ainda que bastante incerta, também aumenta a esperança de que a economia global saia da atual recessão. Isso foi o suficiente para que os mercados financeiros fossem à loucura, principalmente na Europa: ações, títulos, crédito etc., tudo isso está à vista dos investidores, que estão corretamente assegurados pelo fato de que o pior dos cenários está, ao menos momentaneamente, descartado.

Embora concordemos fundamentalmente com isso, devemos tomar cuidado para não nos tornarmos complacentes. Os desafios enfrentados pela economia global no ano passado ainda são relevantes e a crise multidimensional que vivemos não está prestes a desaparecer: fragmentação geopolítica, crise energética, mudança climática, riscos de epidemia etc. A transformação do mundo está se acelerando e gerando riscos, às vezes extremos, que podem inviabilizar até mesmo os cenários e narrativas mais cuidadosamente elaborados.

No curto prazo, o principal risco reside na perpetuação dos dois principais fatores subjacentes à atual escalada do otimismo. Dada a influência da China nos mercados de commodities (petróleo e gás natural liquefeito), conciliar a recuperação econômica chinesa com uma queda concomitante, generalizada e ainda imaculada da inflação parece uma proposta relativamente ilusória. Isso se dá inclusive porque a inflação subjacente está desacelerando apenas ligeiramente ou, em muitos países, ainda está subindo. A antecipada pausa na virada do verão no processo de aperto monetário orquestrado pelos principais bancos centrais poderia, portanto, ser efêmera, assim como o sentimento de alívio que ainda reina.

Nesse contexto, fizemos poucas alterações nas nossas avaliações de risco país (5 alterações) e nas avaliações de risco setorial (16 alterações). Em termos líquidos, porém, mantém-se a tendência de rebaixamento.

 

Quais? Descubra-o baixando a nossa publicação.

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