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2022/11/05
Publicações Económicas

Pesquisa de pagamentos China 2022

China Corporate Payment Survey 2022: Longer payment delays and rising credit risks in some sectors. Aerial view of Shenzhen, China.

A pesquisa de pagamentos China 2022, no qual participaram 1000 empresas, mostra que menos companhias experimentaram atraso nos pagamentos do ano de 2021 (empresas que tiveram períodos mais longos de dividas dos seus consumidores no ano anterior). A demora de pagamento médio acrescentou de 79 dias á 86 dias em 2021. Em 9 dos 13 setores as empresas registraram um incremento nas demoras de pagamentos, sobretudo no setor agroalimentar (registrou um aumento de 43 dias, seguido dos setores da madeira, do transporte e têxtil). As dificuldades financeiras dos clientes foram as causas principais da demora.

Estas dificuldades são consequências das pressões nas margens pela concorrência, o aumento dos preços das commodities e a desaceleração do crescimento econômico.
Mais empresas com pagamentos atrasados por seus consumidores também observam um incremento dos pagamentos vencidos (de 36% até 42% em 2021). A maioria delas estão orientadas no mercado doméstico. Nestes casos, as demoras foram causadas pela situação econômica subjugada dos clientes e as suas apertadas condições de liquidez.

Além disso, houve um número maior de empresas com períodos mais longos de inadimplência, de mais de seis meses (de 15% até 19% em 2021). O mais preocupante são as empresas com aumentos notáveis dos atrasos ultralongos em prazos de pagamentos (ULPD, em inglês) que excedem sua faturação anual em 10% (de 27% até 40% em 2021). Na experiência da Coface, 80% dos ULPD ficam inadimplentes, o que se traduz em maior risco no fluxo de caixa para a empresa quando os ULPD compõem uma parte considerável da faturação. O exemplo mais claro é o setor da construção, que possui o maior número de empresas (56%) excedendo 10% do faturamento em meio a uma retração do mercado imobiliário. O setor agroalimentar ficou em segundo lugar com 47% (20% em 2020).
Os prazos médios de crédito na China permaneceram estáveis (77 dias) em 2021, mas há variação entre os setores. O setor agroalimentar e energético relataram um endurecimento mais forte, com ambos reduzindo os prazos de pagamento em 23 dias, refletindo os crescentes riscos de crédito ligados ao aumento dos preços das commodities. As contínuas condições pandêmicas e apertadas de fornecimento mantiveram as empresas cautelosas no gerenciamento de crédito.
Com o crescimento econômico da China projetado para atenuar-se em 2022, a participação dos entrevistados que esperavam uma melhoria nas vendas e no fluxo de caixa foi menor. As empresas destacaram riscos macro como o aumento dos preços das commodities, o enfraquecimento da demanda do mercado interno e a continuação da pandemia. A pesquisa foi realizada entre novembro de 2021 e janeiro de 2022.

 

 

 

 

 

 

 

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