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2023/16/02
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Perspectivas econômicas para 2023: tudo que você precisa saber!

Perspectivas econômicas para 2023: tudo que você precisa saber!

 

O que esperar da economia global?

 

O ano de 2023 começa com algumas notícias relativamente boas, se levarmos em conta os riscos que ganharam força no último ano (como os efeitos colaterais da invasão da Ucrânia, incluindo a aceleração da inflação). Na Europa, o outono e um inverno, até agora, mais amenos ajudam a manter as reservas de gás na região em patamares elevados (ainda que a um custo alto de preenchimento), e evitando assim a implementação de racionamentos e um cenário recessivo que parecia prometido.

Ao mesmo tempo, o receio de uma possível recessão global permitiu que os preços das commodities caíssem dos picos observados em 2022 e, assim, levasse a um bem-vindo abrandamento da inflação (ainda que a mesma siga elevada e distante dos objetivos dos bancos centrais mundo afora). Do lado China, embora incerta, suscita esperanças a perspectiva de relativa recuperação econômica em consequência do relaxamento das medidas contra o COVID-19, que deveria ganhar força principalmente no segundo semestre de 2023. Em termos gerais, esperamos que o crescimento da economia mundial desacelere de 3% em 2022 para 1.9% em 2023.

 

Quais os principais riscos?

 

Os desafios enfrentados pela economia global no ano passado não desapareceram. No curto prazo, o principal risco está na evolução de dois principais fatores. A influência da China nos mercados de commodities (petróleo e gás natural liquefeito) e como se dará a conciliação da recuperação econômica no país, com a queda incipiente da inflação globalmente. Desta forma, a pausa esperada na virada do verão no hemisfério norte no aperto monetário pelos principais bancos centrais poderia ser apenas efêmera.

 

Como fica a América Latina diante deste cenário?

 

Em 2023, o PIB da América Latina deve crescer 1%, o que representa uma desaceleração significativa em comparação com a alta de 3,8% estimada em 2022. De modo geral, as economias devam sentir mais intensamente em 2023 os efeitos colaterais do forte aperto monetário conduzido pelos bancos centrais da região. O ciclo de alta de juros iniciado em 2021, ganhou força em 2022 e em alguns países algum incremento residual ainda pode ocorrer (como no caso da Colômbia e do México). Além disso, embora a inflação deva perder força em resposta à política monetária restritiva e à desaceleração da atividade econômica, o índice de preços ao consumidor deve encerrar o ano ainda fora do intervalo de tolerância dos bancos centrais, só convergindo para a meta em 2024.  Importante ainda, juros altos também devem levar ao aumento da insolvência, que permaneceu surpreendentemente em patamares baixos no período de 2020-2022.

 

E na esfera política?

 

Quanto ao campo político, a Argentina terá eleições gerais em outubro de 2023, no Brasil um novo governo começa em meio à elevada polarização, no Chile o processo de redação de uma nova constituição seguirá em 2023 e o plebiscito deve ocorrer em dezembro, já no Peru a crise política iniciada em dezembro de 2022 com a destituição do ex-presidente Pedro Castillo ainda não dá sinais de cessar. Por fim, o ainda comprimido poder de compra das famílias da região também pode desencadear novas ondas de protestos sociais.

 

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